Política Alimentar para totós
Quem é a Helena?
Helena, mais perto dos 30 do que dos 20, nascida em Ponte de Lima. Vivo em Bruxelas, onde trabalho em assuntos europeus em políticas de saúde para uma empresa onde estou feliz. Sou nutricionista e continuo a falar de comida por aí.
De forma rápida, o que é a Política Alimentar?
A política alimentar é (ou deveria ser) a maestrina das decisões– incluindo legislação como regulamentos ou diretivas – que moldam as diversas áreas que afetam os sistemas alimentares.
Qual o impacto que a política alimentar pode ter na alimentação das crianças?
A influência da política alimentar, por exemplo, na melhoraria do acesso de crianças a alimentos nutricionalmente densos é já algo com um impacto gigante no cenário alimentar das crianças, na comunidade, e na sociedade.
Se pudesses definir uma medida para melhorar a alimentação infantil (fazendo de conta que basta decidires para que aconteça), o que achas que devia ser feito?
Neste momento apostaria numa gestão mais coordenada do apoio social alimentar, não só nas escolas, mas também utilizando o potencial das juntas de freguesia.
Qual a principal dificuldade na implementação de medidas de política alimentar?
Diria que a nível Europeu, por exemplo, muitas vezes temos planos de intervenção, mas não de implementação e reavaliação, o que leva a que não se avalie o impacto de forma abrangente. Para além disso a dificuldade óbvia da baixa alocação de financiamento à política alimentar.
O que faz um nutricionista na área da Política Alimentar?
O nutricionista na política alimentar, enquanto profissional mais capacitado para trabalhar na área, diria que estuda, comunica, tenta influenciar quem tenha o poder de decisão, desenha estratégias alimentares e mantem uma
Qual a prioridade atual na intervenção da Política Alimentar?
Em Portugal diria que a capacitação do consumidor e a modificação da disponibilidade de alguns alimentos em contexto específicos, como o ambiente escolar ou hospitalar.
Obrigada, Helena!
Comida que podia comer para o resto da vida: Panados.
Livro favorito: O primeiro livro que me lembro de ser muito impactante foi “As Dez Figuras Negras”, que continua a ser o meu policial favorito de sempre. O último livro que achei maravilhoso foi o “Crying in H Mart”
Viagem de sonho: Irão e toda a zona sul do Mar Cáspio, pela antiga Pérsia. Improvável hoje em dia, infelizmente.
O sonho que ainda falta concretizar: Acabar o PhD, daqui a uns quantos anos.
Hábito ou mania que ninguém compreende: A minha incapacidade de percecionar a passagem do tempo de forma coerente leva a que use alarmes para quase tudo, o que pode ser irritante.
Se quiserem conhecer melhor a Helena, sigam-na em @food.etal.
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